domingo, 27 de novembro de 2011

Os Gêmeos Dançarinos



   Uma salva de palmas para o Quico que ele é genial. Os passinhos interpretados por ele no Chapolin ficaram a felicidade encarnada em coreografia, completamente aplicáveis, a atitude empolgado mas ao mesmo tempo ingênuo é o segredo.  As paradinhas de ombro no minuto 0:16 são sucesso, depois no minuto 0:20 os saltinhos para os lados um encanto.
   A referência é digna, é clássica, é cheia de astúcia. Se tiverem a sorte de escutarem Mambo por ai, lembrem-se que o Quico ensinou direitinho como se faz.
   Postura irreverente rapazes, em um ritmo ensolarado como o esse, combina.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dançando nas Nuvens



   Sorver um momento raro como dançar nas nuvens a dois é possível, pelo menos nós, moças de família queremos muito acreditar nisso. A ação pode ser apenas um estado de espírito duradouro (dura assim no máximo uns 2 anos), mas quando  o ato acontece realmente, é como um sonho se tornando realidade. Que jogue a primeira pedra a mulher que não deseje uma cena de dança romântica, daquelas com fundo e coadjuvantes desfocados.
   Não vale as dancinhas cafonas de festas de formatura e casamento, não vale só dança de salão ensaiadinha, o segredo está naquele sentimento de cumplicidade e depois, a cabeça dela encostando nos ombros dele, nem precisa tanto tirar os pés do chão.

Repetindo em espanhol:  "el secreto es ese sentimiento de complicidad y luego, ella apoyando su cabeza sobre sus hombros, sin necesidad de sacar los  pies del suelo."


domingo, 20 de novembro de 2011

liberdade, liberdade. abra as asas sobre nós.


o sentido de liberdade.
é aquele que é possível e sacramentado até onde essa termina no início da dita do outro?

a liberdade compartilhada não deixa de ser utópica, mas aditivada pelo calor de um grupo de evoluídos primatas em um ambiente fechado, calor, luzes e música alta, no mínimo a sensação desta é possível.

os braços para cima muitas vezes pode ser associados a estética das grandes massas obedientes que se curvam pela vontade da cantora de cabelo progressivo e visual sem progressão, ou mesmo cabe ao discurso político.
mas a (des)união dos poderes numa pista de dança pode tranquilamente ser uma zombaria aos valores impostos.

você que está aí sentado, levante-se e faça-se falar.
assim gritemos o refrão.
dança é liberdade corporal?

qual o príncipio básico de liberdade?
eu nem sempre sigo o passinho.
levante-se!

Soul mais eu

                 



   A grande vantagem de sair para um lugar que toque soul é que o objetivo maior é realmente a dança. O ritmo é inevitavelmente contagiante, e os que dançam bem são valorizados,  diferentemente de um lugar comum que toque pop ou rock onde, os que dançam bem, ligeiramente são taxados de malucos.
  Outra grande vantagem é que podemos dançar sozinhos, independemos de grupo ou par para nos acompanhar. A maioria dança olhando para o nada ou para frente onde está o Dj. Ao mesmo tempo é  legal aprender os que eu chamo de  "passinhos da comunhão",  dá um toque especial para festa quando todo mundo dança o mesmo passo junto. Intercale os passinhos da comunhão muito bem demonstrados no vídeo do Soul Train com movimentos rápidos e virtuosos de pés (que na minha opinião estão na categoria danças impossíveis) o James Brown no segundo vídeo finge que está ensinando só para esnobar.
  Aliás a questão dançando e esnobando parece ser o tema oficial de uma festa soul, o que pode ser divertidíssimo e como o Anônimo dos comentários disse, cheio de possibilidades infinitas.
  Então, capriche no figurino e solte esse negão de calça boca de sino dentro de você. É muito divertido, eu garanto!




terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Dancinha da Vitória




 Recentemente um senhor chamado "Anônimo" postou um comentário a respeito de organicidade rítmica, a dancinha da vitória não se aplica muito a esse estilo mas,  acredito que seria uma vertente menos planejada.
  Basicamente ela é usada em duas ocasiões: a primeira é, quando a alegria é tanta que precisa ser exteriorizada de alguma forma quase inconsciente (daí a minha relação com a tal organicidade rítmica); já a segunda, usamos espirituosamente para humilhar um oponente. 
  Muitos praticam a tal dancinha sem nem mesmo perceber que estão fazendo. São muito comuns em eventos esportivos pós pontos marcados e, em ambientes corporativos quando a competitividade extrapola as barreiras do bom senso. Praticadas conscientemente podem ter um efeito terapêutico. É um modo de dizer, "Sim! A felicidade existe nesses pequenos momentos da vida".
  No caso do vídeo escolhido a dancinha é usada para satisfação pessoal privada, o que potencializa o efeito terapêutico.  A Vani do seriado Os Normais, transforma a dancinha em sambinha da vitória, o que no Brasil deve ser uma constante para a maioria dos amáveis cidadãos que a praticam. Aquela viradinha de calcanhar e o espírito rainha da bateria são a minha sugestão de dança possível da semana, para ser aplicada não na pista de dança mas, na vida cotidiana. Experimentem o gostinho ou melhor o passinho da vitória!!

domingo, 13 de novembro de 2011

O Princípio Backing Vocals




  É meu jeito favorito de dançar, mantém uma certa posição de liderança coadjuvante muito adequada para a dança em público. Afinal, temos que admitir que aparecer é para os fortes, um meio termo vem sempre a calhar não é?
 Se imaginando uma backing vocal da música que está tocando adquirimos confiança e a ousadia fica restrita  apenas nos refrões.
  O segredo é muito simples, imagine um microfone no meio, um público insandecido, invente "um dois pra lá e dois pra cá" da vida e, nas partes mais legais mexa os braços, dê pulinhos, movimente ritmicamente a cabeça e faça cara de que está se divertindo.
  Confesso que adoro o filme School of Rock, já passou da hora dele ser promovido a clássico da Sessão da Tarde e ser reprisado uma vez por mês. A coreografia das backing vocals é simpática e fácil, exemplifica muito bem o que eu disse sobre a ousadia nos refrões e os movimentos de braço e cabeça.
Já as meninas muito bem maquiadas do Human League  são um exemplo de fluidez e "o dois pra lá e dois pra cá" delas é o meu favorito.
 

 Ps:  Devem ter vários outros vídeos com dancinhas de backing vocals mas, meu Alzheimer precoce e um pouco de preguiça não me deixaram lembrar de nenhum. Se você lembrar por favor me envie.





quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Eu te perguntava, do you wanna dance?



Ah, os anos 80.
Seriam eles filhos dos anos 70?
Ou clones andróides saídos de Tron dos anos 50? ou mesmo 60?
Eles existiram mesmo?
É sério isso?

Os anos 80 existiram.
Sérios? Não exatamente.
Originais? Existe algo original no kitsch.
E de valor.
Mais que qualquer distorção, é a emoção.

Emoção nas pistas, dublagens de corpo assumidas.
Uma das grandes vantagens da dança oitentista é que ela é unisex, dá pra se divertir muito sem parecer um homem que gosta de música baiana (não que tenha alguma coisa contra) e sem parecer gay (o que pode ser um problema para os homens heterosexuais).
Tudo é meio permitido, o diferencial são os passos largos e a atitude irreverente. Esse alemão, tem umas paradas estratégicas e uns movimentos de mão e corpo inspirados em corrida muito aplicáveis.

O som sintético permite!

E viva a sessão da tarde. Ou matinê. Ou mesmo, viva a noite.
E pra você, um sonho a mais não faz mal.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dançando em um editorial da Vogue




Tenho dado exemplos de passos de dança bem ousados nos últimos posts, para os que preferem manter o personagem mais blasé, eu recomendo o estilo "estou em um editorial".  Basicamente seria dançar fazendo poses para fotografias de revistas de moda, experimente misturar movimentos marcados em câmera lenta, olhares significativos e quem sabe, para dar uma surpreendida, palminhas. 
É ter presença sem fazer esforço e ainda passar um ar, tenho lado independente das religiões. 
A Maki Nomya vocalista do Pizzicato Five é musa nesse estilo, e a coreografia do clipe Twiggy Twiggy (difamada por Marcos Mion no saudoso programa Os Piores Clipes do Mundo) é interessantíssima, nunca vi um ficar parada tão superior mas ao mesmo tempo simpático quanto o dela. 

  

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cada um tem seu poder




Acredito piamente no fundamento cada um tem seu poder, baseia-se em dançar apenas um passo repetidamente, como se o movimento fosse a sua assinatura, junte seus amigos e experimente, cada um dançando de um jeito espirituoso (eufemismo para "meio autista").
Você pode usar um dos passinhos dos Peanuts como inspiração, eles são bem legais e nada óbvios. Eu uso um deles na música Envelheço na Cidade da banda Ira e é sempre legal quando alguém identifica a referência Charlie Brown, dá uma felicidade nostálgica instantânea.

A Charlie Brown Dance é um hit no youtube. Muitas pessoas divulgaram suas paródias da cena,  gostaria de ser amiga de todas delas.

Devolvam meu Chip



Desde a infância, sempre crescemos com o ideário do mundo das máquinas, futuro desolador, apocalipse agora. Essa vida guerra fria fez com que os movimentos corpóreos se tornassem mais travados, quase mecânicos.

Assim, junto a mistura do break dance, que o próprio nome já sugere esse sentido também, terminou por criar a 'dança do robô', aquela dos movimentos quebrados, repetitivos.

Com a ajuda da tecnologia digital e a astúcia de utilizar elementos referentes ao início do hip-hop (filmes e seriados japoneses influenciaram muito essa galera), a mistura artes marcias e dança está bem representada aqui.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Se ela cansa eu danço

O Twist, ou Bilisquete, como era chamado aqui nos trópicos, essencialmente é a dança típica dos bailinhos dos anos 60, saído do ritmo de mesmo nome, onde o trunfo consiste essencialmente mexer mãos e ombros para o lado, movimentar ombros para a frente, etc. Normalmente mulheres dançando assim tornam isso um super trunfo, não me questione por que.

Parece meio simples, mas funciona que é uma beleza quando o lance é atrair pessoas e abrir a rodinha, enlarguecer.

Esse clipe é um trecho do filme It's A Bikini World, de 1967, típico filme beach'n'roll dos anos 60, com praia, bandas famosas da época fazendo participações, muita dança. Com o diferencial que este foi o primeiro e único dirigido por uma mulher, Stephanie Rothman.

Fundamento Eplepsia




A princípio parece uma coreografia impossível e elaboradíssima, mas tem fundamentos aplicáveis na vida real, um deles é o que eu chamo de "O Fundamento Eplepsia" consiste na movimentação frenéticamente cadenciada de quase todas partes do corpo. Atenção principal para os ombros e mãozinhas.
Acredito que o Fundamento Eplepsia é adequado para estilos como surf music e mambo, mas só consegui usá-lo mesmo uma vez dançando a própria música do vídeo muito felizmente discotecada por um DJ que provavelmente tem muita sensibilidade.

Descobri esse vídeo assistindo o filme Ghost World lançado em 2001,  tem a Scarlett Johansson novinha mas quem aparece dançando essa música logo na abertura do filme é a atriz Thora Birch (a filha do filme Beleza Americana).